Shaoran: Você dança bem!
Sakura: Você também!
Shaoran: Gostava que você soubesse que eu gostei muito de a conhecer.
Sakura: Eu também gostei muito de o conhecer.
A música acabou e Shaoran propôs que eles fossem tomar uma bebida, e Sakura aceitou.
Ela o seguia, com alguma dificuldade, por causa do monte de pessoas que apareciam na sua frente, mas ela não o perdia de vista. De repente Sakura sente sua mão ser puxada. Quando olha, para ver quem era, vê um rapaz já caído de bêbado.
Rapaz: Venha comigo gatinha, vamos curtir a festa.
Sakura (tentando soltar sua mão da do rapaz, mas sem sucesso): Me solta! Eu não quero ir com você, já tenho companhia.
Rapaz (agarrando na cintura de Sakura): Eu, com certeza, sou melhor companhia, você é muito gostosa. Vem curtir comigo, não se vai arrepender.
Sakura: Me deixe em paz. SHAORAN! – ela grita por Shaoran, na esperança que ele a salve daquele atrasado mental.
Rapaz: Não grite. Vem comigo. – puxando Sakura.
Shaoran: Se eu fosse a você, largava ela agora. – ele tinha ouvido os gritos de Sakura, e ao ver que ela não estava consigo ficou preocupado.
Rapaz: aquém é você? Me deixe em paz, com essa gatinha.
Shaoran: Se ela quisesse eu deixava, mas como ela não quer, por isso devia respeitar a vontade dela.
Rapaz: Mas quem você pensa que é?
Shaoran: Eu… eu sou o namorado dela.
De repente, Sakura sente um arrepio na espinha. Namorado?! Ela sabia que ele tinha dito aquilo para a salvar, e pôde comprovar quando sentiu sua mão e cintura serem soltas. Ela correu para traz de Shaoran. Não sabia porque, mas ele lhe transmitia segurança e conforto.
Rapaz: Não acredito em você! Você até estava disposto a deixá-la comigo, se ela quisesse!
Shaoran: Porque eu respeito a vontade de minha namorada. Agora se manda.
Rapaz: Eu ainda não acredito em você! Você está mentindo.
Shaoran: Ai estou mentindo é? Então veja isso como prova. – quando acaba de dizer isto Shaoran pega o rosto delicado de Sakura e a beija.
Sakura sente uma corrente eléctrica atravessar sua espinha. Mas na verdade, ela estava gostando do beijo. E retribuiu.
Shaoran ficou espantado, ao sentir Sakura entreabrir os lábios, permitindo que ele aprofunda-se o beijo. Ele pensava que ela ia afasta-lo, mas não o fez. Ela até estava correspondendo. Será que ela estava gostando ou era só para convencer aquele rapazola a se afastar? Era essa a duvida que ele tinha na cabeça.
Quando se separaram, ficaram se olhando e depois olharam para a frente e viram que o rapaz já se tinha ido embora. Voltaram a atenção um para o outro.
Shaoran: Acho que ele já percebeu que não pode se meter connosco.
Sakura apenas sorri.
Shaoran: Pode me desculpar?
Sakura: Desculpar o quê?
Shaoran: Desculpar o facto de eu a ter beijado sem a sua permissão.
Sakura: Não tem de me pedir desculpa.
Shaoran: Mas…
Sakura: Nada de “mas”. – Sakura interrompendo-o, pondo seu dedo indicador nos lábios dele. – Eu correspondi, e tenho de confessar que eu… – chegando perto do ouvido dele. – adorei o beijo, você beija muito bem.
Ao ouvir aquilo, Shaoran ficou estático.
Eles ainda estavam muito perto um do outro, e quando iam começando a se beijar novamente, sentiram pingos de chuva cair sobre suas cabeças, e ouviram um forte trovão se manifestar, e que ao assustar Sakura, ela se abraça a Shaoran procurando refugio.
Sakura: Ai Shaoran, tenho medo de trovões.
Shaoran: Não se preocupe. Eu estou aqui. Vamos para casa?
Sakura: Sim, por favor. – suplicou.
Caminharam, apressadamente, até casa de Sakura.
Shaoran: Pronto, você já está entregue.
Quando ia se afastar, um forte trovão fez um enorme estrondo. Shaoran sentiu sua camisa ser puxada, por Sakura, claro.
Sakura: Ai que medo Shaoran. Se não for pedir muito, será que poderia ficar comigo essa noite?
Shaoran: Claro! Se você quer assim!
Entraram em casa de Sakura, e Sakura foi tomar um banho para não se constipar.
Quando acabou o banho, foi a vez de Shaoran.
Enquanto ele tomava banho, Sakura pôs suas roupas a lavar juntamente com as dela. E as meteu a secar na máquina de secar roupa.
Ela escolheu o pijama feminino que tinha para emprestar a Shaoran.
Shaoran ficou no sofá da sala, e Sakura subiu para o quarto.
Ela não conseguia dormir, o barulho dos trovões a estavam assustando muito.
De repente cai um trovão que faz um barulho tão grande que Sakura dá um pequeno grito. Ela começa a ouvir barulhos de passos subindo a escada, em direcção ao seu quarto, no primeiro andar.
Sakura apesar de ser quase adulta ainda tinha medo de fantasmas, e quando ouviu a maçaneta da porta girar, se escondeu em baixo dos lençóis, rezando para que não fosse um fantasma.
Sentiu que alguém se sentara na ponta de sua cama, e ouviu a voz de Shaoran. Quando ouviu a voz dele ficou bastante aliviada.
Shaoran: Você está bem Sakura? Ouvi você gritar e fiquei preocupado.
Sakura abraça Shaoran: São os trovões, tenho muito medo. Fique aqui comigo por favor.
Shaoran: Claro! – e a abraça também.
Shaoran já se tinha dado conta de que ele se havia apaixonado por Sakura, e não sabia se agradecia aos trovões por fazerem com que aquele abraço terno acontecesse, ou se ficava triste por ver Sakura tão assustada. Assustada? Não, ela estava apavorada.
Shaoran: Não se preocupe, eu estou aqui. Vai dar tudo certo. Eu prometo!
Sakura: Obrigada! Ainda bem que você é meu amigo e está aqui comigo. Obrigada!
- Vamos Shaoran, esse é o momento certo para declarar o seu amor por ela. – ele pensou para si próprio.
Shaoran: Sakura eu…
Sakura: Antes que diga alguma coisa eu gostava de lhe dizer, que você é muito especial para mim. Apesar de só nos conhecermos hoje, eu já sinto um grande carinho por você. Não sei explicar, logo assim que te vi eu…
Shaoran a silencia pondo seu dedo indicador nos lábios dela: Não precisa dizer mais nada, eu digo o mesmo em relação a você. Agora procure por adormecer.
Sakura acena com a cabeça em sinal de afirmação, e adormece lentamente nos braços de Shaoran.
Sakura também já se tinha apercebido que se tinha apaixonado por Shaoran assim que o vira. Mas ela ainda se sentia insegura, e ainda não tinha coragem para lhe confessar os seus sentimentos.
Na manhã seguinte, Shaoran acordou deitado na cama de Sakura com ela deitada sobre seu peito.
- Ela dorme que nem um anjo! – pensou ele.
Ele sorrio, acariciou o rosto de Sakura, lhe deu um beijo na nuca e a pousou delicadamente sobre a cama. Quando se levanta, Sakura acorda.
Sakura: Bom dia Shaoran! – bocejou.
Shaoran: Bom dia Sakura. Vou vestir minha roupa e preparar o pequeno-almoço para nós dois.
Sakura: Está bem. Vou me vestir e já desço.
Sakura se veste e desce em direcção à cozinha.
Quando lá chega a mesa já tinha o pequeno-almoço posto, e Shaoran estava acabando de colocar a última panqueca na mesa.
Shaoran, assim que acabou de meter a panqueca na mesa, abanou a mão e disse um “ai”, agarrando seu dedo indicador, parecia que estava a sofrer.
Sakura reparou nisso, e também reparou que ele se tinha sentado, abruptamente, no sofá. Ela foi até ele e sentou-se a seu lado com um ar preocupado.
Sakura: O que se passa Shaoran? O que aconteceu com seu dedo?
Shaoran: Não é nada. Eu só me queimei a fazer as panquecas, não se preocupe, Sakura. Isto já passa.
Sakura: Como quer que não me preocupe? Seu dedo está muito vermelho. Espere aqui que eu vou fazer um curativo.
Sem dar tempo de Shaoran dizer alguma coisa, Sakura sai da sala em direcção à despensa, onde estava a mala dos primeiros socorros.
Quando voltou, viu que Shaoran ainda estava angustiado com a dor. Sentou-se a seu lado novamente e pegou seu dedo delicadamente.
Shaoran: Sakura, não precisa…
Sakura: Shiu… precisa sim… primeiro um beijinho para ajudar a corar… – dito isto ela sorri e dá um beijo delicado no dedo ferido de Shaoran, o que faz ele sentir um arrepio na espinha. - … agora vou massajar seu dedo com o creme.
Shaoran (ficando um pouco corado): Obrigada. Você é um amor de pessoa.
Sakura: De nada. O mesmo digo em relação a você.
Depois do dedo tratado, os dois foram finalmente tomar o pequeno-almoço. Shaoran tinha perdido outra bela oportunidade para dizer a Sakura os seus verdadeiros sentimentos em relação a ela.
Sakura: Que tal, quando acabarmos de comer, irmos dar o nosso passeio matinal juntos?
Shaoran: C-claro.
Sakura: E depois de almoço podemos ir à praia, para escaparmos do calor dando uns mergulhos.
Shaoran: Como você quiser.
Quando acabaram de comer, lá foram dar um passeio.
O sol ainda não tinha aparecido totalmente, só mandava uns pequenos raios de sol alaranjados, o que fazia uma paisagem muito bonita e o ambiente muito romântico à beira-mar.